No Colégio do Campeche, buscamos trazer aos estudantes a diversidade em que estão inseridos, oportunizando debates, trabalhos, conteúdos e saídas de estudos que coloque nossos estudantes diante das diferentes formas de coexistir. A equidade é uma preocupação constante em nossa rotina, a fim de criarmos condições de acessos aos direitos de forma igualitária. Compreendemos que a diversidade é o que nos constitui como pessoas no mundo e é o que torna nossa sociedade mais rica, por isso entendemos que a educação é o grande motor para criarmos relações de respeito e de empatia entre as diferentes práticas culturais e étnicas que compõem nossa sociedade.
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Ontem realizamos mais um bate papo entre a psicóloga do Colégio e as famílias do Fundamental II e Ensino Médio. Na conversa o tema central foi "Adolescentes na escola e a necessidade de acompanhá-los" Falamos sobre o desafio de estreitarmos a relação entre família e escola para que nosso compromisso com uma educação para a vida seja cumprido.
Mesmo com um número reduzido de mães, conseguimos ampliar a conversa sobre as vivências dos estudantes, suas dificuldades em focar nas atividades escolares e a nossa responsabilidade em acompanhá-los nas tarefas sem deixar de potencializa-los para a autonomia e independência.
Segue um pouco do conteúdo que debatemos:
* A escola é o grande palco das vivências que envolvem o encontro entre EU e os OUTROS. Estar em relação é o desafio de se experimentar na diferença. Somo todos diferentes e muitas vezes a diferença do "outro" nos causa medo, admiração, curiosidade, raiva, alegria, etc. Mas é a partir do OUTRO (da diferença) que vamos nos constituir como ser no mundo.
* Ao chegar na adolescência, essas diferenças se intensificam, tomam formas mais concretas e nos mantém em constante conflito. Considerando que adolescentes sofrem pressão das mais variadas fontes, pois deles é cobrado o desempenho de papéis sociais que não estão habituados. Arrisco dizer que muitos adolescentes vivem conflitos intensos, se complicam nas relações, mas procuram manter uma postura de autossuficientes, quando o que precisam é que os peguemos pela mão e os ajudemos a dar sentido à efervescência de sentimentos/emoções comuns nessa fase da vida.
* Comungo da ideia de Hannah Arendt em torno do conceito de autoridade na educação. É preciso que haja uma autoridade, sem confundir com tirania. Há intrínseco ao papel de educador/educadora a necessidade de se reconhecer e ser reconhecido como agente responsável pela inserção dos mais novos, no mundo. Assim, educadores e família devem assumir essa responsabilidade de iniciar as crianças e adolescentes no mundo público.
* Já abordamos, em outro momento, o quanto a presença das redes midiáticas podem ser nocivas no desenvolvimento das crianças e adolescentes, pois sem uma mediação de adultos responsáveis, passam a consumir conteúdos impróprios. Entretanto, o papel da escola tem fronteiras impermeáveis, pois não podemos, tampouco desejamos, regular a vida das famílias. Então cabe aos responsáveis avaliar e delimitar o uso que seus filhos fazem da internet. Ainda assim, a escola precisa manter coerência entre os princípios e diretrizes da educação e as ações que promovam o cuidado e empatia com o OUTRO. Por isso a importância e urgência em mantermos a confiança e parceria entre escola e famílias.
Agradecemos a participação de quem conseguiu estar no encontro e esperamos aumentar o quórum para os encontros que acontecerão em 2024.
Para o próximo ano também contamos com suas sugestões de pauta, que podem encaminhar por aqui ou no clip escola, direto para a psicóloga.
Como acessar o serviço de psicologia no Colégio?
A psicóloga costuma atender estudantes encaminhados pela coordenação ou por docentes, mas também atende as demandas vindas das famílias que podem agendar horário diretamente com a ela, através do clip escola.
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia a psicóloga escolar desenvolve atividades direcionadas com alunos, professores e funcionários e atua em parceria com a coordenação da escola, familiares e profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente escolar. A partir de uma visão contextualizada, age em duas frentes: a preventiva e a que requer mudanças. Desta forma, contribui para o desenvolvimento das habilidades sócio afetivas e cognitivas de toda a comunidade escolar.
Os objetivos da Psicologia Educacional e Escolar referem-se a buscar instrumentos para apoiar o progresso acadêmico adequado de estudantes, respeitando diferenças individuais. Costuma se pautar na promoção da saúde da comunidade escolar a partir de trabalhos preventivos que visem um processo de transformação pessoal e social. Para tanto, baseia-se nos conhecimentos referentes a construção da subjetividade, estilos de aprendizagem, aptidões e interesses individuais e a conscientização de papéis sociais.
Outros objetivos:
Assessorar a escola na construção do Projeto Político-Pedagógico;
Apoiar a escola em seu trabalho de resgate do valor e da autonomia do professor;
Assessorar o professor na articulação entre a teoria de aprendizagem adotada e a prática pedagógica;
Trabalhar com políticas públicas;
Conscientizar pais e professores sobre necessidades básicas de crianças e adolescentes;
Mobilizar a comunidade educacional em torno de propostas de intervenção com utilização de recursos da comunidade;
Pesquisar, desenvolver, aplicar e divulgar os conhecimentos relacionados com Psicologia Escolar/Educacional.
Horários da psicóloga no Colégio
2ª feira - das 14h às 18h
3ª feira e 5ª feira - das 8h às 18h
6ª feira - das 8h às 12h
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