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Acolhimento e adaptação na Escola



Nessa semana tivemos mais duas rodas de conversa com as famílias. Com familiares da Educação Infantil, falamos sobre a entrada das crianças na vida escolar e a importância de uma adaptação acompanhada pela família e pelas equipes da escola. A conversa foi muito rica, com trocas de experiência entre as mães presentes e com dicas importantes. Já no Fundamental I a conversa foi sobre saúde mental no processo de alfabetização.

"É na acolhida ou na rejeição, na aliança ou na hostilidade para com o rosto do outro, que se estabelecem as relações mais primárias do ser humano e se decidem as tendências de dominação ou cooperação. Cuidar do outro é zelar para que esta dialogação, esta ação de diálogo eu-tu, seja libertadora, sinergética e construtora de aliança perene de paz." (Leonardo Boff - Saber Cuidar)

Na reflexão de Leonardo Boff, o exemplo de como construímos pontes uns com outros. O contato com diferentes formas de existir, permite que ampliemos nossos olhares para o que é novo. O papel da escola é o de proporcionar esses encontros e os diálogos que favoreçam alianças pela paz entre todos.

O inicio do ano é marcado por esses encontros com a novidade, e as crianças muitas vezes se mostram inseguras, o que também ocorre com adultos em períodos de mudanças e de encontro com o desconhecido. Para fortalecer as crianças e ajudá-las a superar a angústia característica desse momento, precisamos estabelecer relações de confiança e parceria entre a escola e a família. Aos poucos a criança percebe que há um pacto de cuidado que a mantém no centro das atividades e das preocupações da família e também da escola.

Considerando a definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) para saúde mental, que é "um estado de bem-estar físico, mental e social, no qual o indivíduo sente-se bem consigo e nas interações com outras pessoas." Práticas de acolhimento, a presença de pais e mães nas atividades dirigidas à eles e vínculos de confiança, contribuem para a garantia da saúde mental das crianças e adolescentes.

É preciso contar com isso e criar espaços reflexivos com as crianças e com os adolescentes para que expressem seus medos e, a partir disso, possamos ajudá-los a superar os conflitos emocionais tão comuns nessas fases da vida.


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